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A FORÇA DA SINUCA NO EXTERIOR: LISBOA – pt.01

Salões de bilhar de Lisboa são locais de aprendizagem e devoção à modalidade

No início do século XX, a prática do bilhar teve um crescimento exponencial na cidade. Havia, à época, centenas de lugares onde se podia jogar e milhares de pessoas a frequentá-los. Hoje, pouco resta do fulgor desses tempos. E o bilhar que se joga nem sequer é o mesmo. Mas os que o praticam fazem-no por confessa veneração a uma modalidade que continua a fascinar muita gente e a atrair novos praticantes. O Corvo visitou alguns dos locais de Lisboa onde a prática de bilhar de carambola, de snooker e de pool são mais que meros passatempos. E aprendeu as diferenças.

Lisboa foi, durante dois séculos, e até meados dos anos 1970, uma cidade apaixonada pelo bilhar. A primeira mesa de que há notícia surgiu em França, na corte de Luís XI, em meados do século XV, mas o jogo só chegou a Portugal no reinado de D. João V, um século e meio depois, havendo, no Palácio Nacional de Mafra, uma mesa de bilhar datada de 1706.

Em finais do século XVIII, este jogo já tinha ultrapassado os limites da corte e dos salões da aristocracia lisboeta, como explica Nicolau Tolentino, poeta que viveu entre 1740 e 1811, no poema “O Bilhar”: “Mora defronte roto guriteiro/ com jogo de bilhar e carambola/ onde ao domingo o lépido caixeiro/ co’a loja do patrão vai dando à sola./ Gira no liso, verde tabuleiro/ de indiano marfim lascada bola/erguendo aos ares perigosos saltos:/chamam-lhe os mestres d’arte ‘truques altos’. Ali se junta bando de casquilhos/a que o vulgo mordaz chama “rafados”: alto topete, prenhe de polvilhos,/que descalço galego deu fiados;/ de quebrados tafuis vadios filhos,/ pelas vastas tablilhas encostados,/altercam mil questões; prontos contendem,/ prontos decidem no que nada entendem.”

Como explicam estes versos, o bilhar popularizara-se nos finais do século XVIII, mas continuava a ser um dos divertimentos favoritos dos reis e da nobreza. Na remodelação do Palácio da Ajuda, realizada em 1861, e encomendada ao arquitecto da corte, Joaquim Possidónio da Silva, foi incluída uma sala de bilhar, instalada no piso térreo do palácio, para deleite e desfrute do monarca então reinante, D. Luís.

O bilhar que então se jogava era o bilhar francês, chamado de carambola ou de partida livre, sem bolsas para enfiar a bola, sendo o bilhar com bolsas, ou seja, o snooker e o pool, inovações posteriores. O snooker foi criado nas Índias britânicas por um militar ali destacado, de nome Chamberlain, para, reza a história, resolver a dificuldade dos oficiais em jogar o bilhar de carambola. O pool, criado por emigrantes irlandeses nos Estados Unidos da América, é a modalidade mais fácil do bilhar com bolsas e a mais popular em Portugal desde os anos 80 do século XX – existindo mesmo um pool português, jogado numa mesa com oito pés, menor do que a mesa regulamentar, de nove pés.

Essa história continua! Para os apaixonados de bilhar conhecer principalmente a história deste esporte.

#BilharesMercedes

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